A História do Crachá
De acordo com o professor Jerônimo Mendes, “o crachá é um dos mais poderosos instrumentos de inclusão social criados pela sociedade moderna”. Mas quando surgiu a sociedade moderna?
Várias referências indicam que ela surgiu a partir da Revolução Industrial, em 1760, na Inglaterra. Pra relembrar, como resultado da expansão comercial, nasceu o capitalismo, uma ordem apoiada numa estrutura social dividida entre empresários e trabalhadores.
Sabemos que, de 1760 a 2017, muita coisa mudou, mas a necessidade de identificação, não só no trabalho como também em vários outros locais e momentos, popularizou-se cada vez mais ao longo de 257 anos de evolução da sociedade moderna.
Mas qual é a origem da palavra “crachá”?
A palavra é originária do francês cracher, do latim craccare, provavelmente derivada do idioma germânico. Ao pé da letra, cracher (ou crachat) significa “escarrada” ou “cusparada” (saliva). Mas por extensão de sentido, está associada à “condecoração”.
Originalmente, em Português, crachá tinha o sentido de insígnia de qualquer ordem militar, que era pregada ou bordada sobre a veste. Num documento de 1796, menciona-se uma “chapa” ou “sobreposto bordado”, equivalentes do atual crachá, que servia como identificação dos grã-cruzes e comendadores, títulos honoríficos usados por pessoas de alta patente.
Alguns exemplos históricos da palavra em nossa literatura também podem ser citados:
- Adolfo Caminha, em “Tentação” (1896): “O banqueiro levava ao peito um crachá faiscante, uma grande comenda que a todos causava admiração”.
- Humberto de Campos, em “A Serpente de Bronze” (1921): “E como se não bastasse o aspecto magnificente das vestimentas, cintilavam por toda a parte as medalhas, os crachás, as condecorações de todos os países do mundo, como se tivesse caído sobre aquela assembleia de sábios uma luminosa chuva de pedrarias”;
- Paulo Setúbal, em “As Maluquices do Imperador” (1927): “Os cavalheiros, hirtos, espartilhados, as casacas azuis de riço claro, trazem o peito estrelado de crachás”;
E já que estamos voltando no tempo para trazer referências do uso do crachá, vale lembrar-se de um episódio interessante dos anos 70. De acordo com o livro “Steve Jobs, a biografia”, de Walter Isaacson, o criador da Apple teria tido um ataque de raiva ao descobrir que o crachá número 1 seria dado ao co-fundador da empresa, Steve Wozniak, e que ele ficaria com o número 2. Embora tenha exigido a troca, ele acabou tendo que se contentar com o número 2.
Esse é apenas um dos vários exemplos que mostram que o crachá, ao longo do tempo, passou de um mero símbolo de inserção no mercado de trabalho para um símbolo de status. E podemos notar em nosso dia a dia como a “cultura do crachá” está presente em nossas vidas.
De fato, a história do crachá e seu uso são de longa data na sociedade moderna, sendo que suas aplicações em nossos dias são inúmeras. E embora ele seja objeto de desejo para uns e burocracia para outros, seu principal objetivo não se perdeu ao longo do tempo: trata-se de uma identificação rápida e eficiente.
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